quinta-feira, 22 de abril de 2010

CRIANÇAS OU MENTORES EM CRISE?

Parece que a questão da educação em nossos dias é mais complexa do que geralmente se pensa, pois não depende somente das tendências propriamente pedagógicas, ou da influência de nossa cultura permissiva, mas de uma compreensão antropológica. A visão do homem bom, aberto ao conhecimento, capaz de discernir completamente o bem e o mal, quando levada ao extremo, produz uma filosofia educacional firmada sobre o primado da liberdade individual, do incentivo à curiosidade e à transgressão.

Tal visão diverge da Bíblia, que apresenta um ser humano marcado pela experiência do pecado, tendente ao erro e à maquinação do mal. Essa contradição faz com que pais e educadores cristãos vivam em eterna crise, pois não conseguem fazer uma síntese satisfatória entre as tendências pedagógicas contemporâneas, dentre as quais o Construtivismo, e a Fé Cristã. Sintetizar duas visões antropológicas distintas, que compreendem o ser humano de forma diferente não é tarefa fácil e tem produzido desnorteamentos e várias inconsistências, que, mesmo inconscientemente, vão sendo assimiladas pelas crianças.

A Fé Cristã, respaldada nas Escrituras, compreendendo o pecado como sendo ontológico, fala da responsabilidade de pais e educadores como os responsáveis em “ensinar a criança no caminho em que deve andar” (Pv 22:6a). Fala ainda da responsabilidade paterna de criar os filhos “na disciplina e instrução do Senhor” (Ef 6:4b), mostrando que os pais precisam ensinar uma postura respeitosa da criança para consigo, pois os filhos devem ser “obedientes (aos) pais no Senhor” (Ef 6:1a) e devem “honrar pai e mãe.” (Ef 6:2a). Para isso, mais do que nunca, as crianças precisam de mentores cristãos, pessoas dispostas a não somente “informá-las”, mas a influenciá-las profundamente.

Quem tem sido o mentor de seu filho? O professor na escola? O instrutor da academia? O vizinho? O amigo dele? Quem? Deus espera que você assuma esse papel e tenha sucesso na tarefa por Ele deixada em suas mãos. Parte do futuro de seu filho dependerá disso.

Pr. Diogo Magalhães

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